21 de ago. de 2010

Desbravando o Twitter

Resolvi pesquisar e escrever sobre o Twitter porque, pelo menos até a terça-feira passada, ele era uma mídia de comunicação desconhecida para mim. Como de costume, mesmo antes de conhecê-lo eu já o detestava – esta é uma posição que sempre adoto diante dos novos meios digitais de comunicação – dizia, sem pestanejar, “O Twitter é muito ruim, não serve pra nada”. Porém, motivada pelo assunto da última aula, decidi conhecê-lo um pouco melhor – mas com a certeza de que não mudaria de ideia. Para tanto criei uma conta para mim: twitter.com/laulemosrita , certa de que em dois meses a deletaria, satisfeita pelo resultado óbvio de meu teste: a inutilidade completa do instrumento. Mais uma vez, eu estava errada.

No portal de variedades Muito.com, aparece uma crítica que José Saramago (ano?) fez ao Twitter, ele disse que escrever em apenas 140 caracteres refletem a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. E que de degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido. Este tipo de crítica é uma constante que ouvimos e pronunciamos nos dias de hoje, porém, creio que a dificuldade de canais assim não está em como comunicar, mas sim no quê está sendo comunicado. Se o que está sendo dito tem conteúdo, este pode ser professado em pequenas ou grandes quantidades de caracteres. O meio virtual serve como reflexo do que são as pessoas e o problema maior, neste sentido, é que as mídias de comunicação virtual facilitam a propagação de reflexos sem conteúdo, de comunicações que poderiam ser classificadas como grunhidos, como nada.

Porque a Biblioteca Nacional dos Estados Unidos compraria todas as mensagens abertas escritas no Twitter a partir de 2006 (OLIVEIRA, 2010) se tudo que houvesse ali não fosse de alguma maneira relevante? Discutindo essa questão em aula, depois dos apontamentos da professora Lizete Dias de Oliveira, concordamos que informações sobre o contexto social desta época e até mesmo um estudo antropológico da nossa sociedade poderia provir dos vários canais de redes de relacionamentos e trocas de informações existentes. Ademais, por análise própria, percebo que podemos distinguir características acerca do caráter e dia-a-dia de nossos amigos e demais seguidores que desconhecíamos, questões estas que não temos tempo e nem percepção suficiente para abarcar durante a convivência mais próxima e não escrita.

Não completou nem uma semana que tenho a minha página no Twitter, mas creio que ela durará por muito tempo. Agora, acredito que este é um canal interessante em que posso proferir para a rede que se forma a partir de mim e comigo o que estou pensando e fazendo. E o melhor é que ele não funciona como um blog em que posto textos longos e interessantes que, porém, não tenho a certeza de que alguém leia. No Twitter a garantia de propagação de uma ideia é certa nem que o alvo seja apenas um contato.

Por isso, follow me! https://twitter.com/laulemosrita
Para pensamentos com mais de 140 caracteres: http://eusoquerotedizerque.blogspot.com/



Referências:

CRÍTICAS AO TWITTER. Disponível em: http://www.muito.com.br/tecnologia/twitter/76-criticas-ao-twitter.html. Acesso em 17 Agosto 2010.

OLIVEIRA, Lizete Dias de. Fundamentos da Preservação de Documentos – Preservar,controlar,esquecer. Porto Alegre: 2010. Apresentação de Power Point, slide 15.

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