28 de nov. de 2010

Diferenças fundamentais entre as redes virtuais e as redes não virtuais segundo Alex F. T. Primo

Primo apud Kiesler, Siegel e McGuire, citados por Reid (1991), ao analisar a comunicação midiada por computador, concluíram que ela apresenta quatro diferenças fundamentais em comparação às formas convencionais de interação. São elas:

a) falta de feedback regulador: as pessoas se comportam de maneira mais espontânea, mesmo com estranhos, já que não existem limitações contextuais como aparência e status social;
b) apresentação anônima: permitindo a qualquer indivíduo apresentar-se como quiser e até fantasiar novas identidades, e formar fortes amizades mesmo sem conhecer o outro fisicamente;
c) fraqueza dramatúrgica: falta de informações não-verbais;
d) poucas pistas de status social: nos chats não se sabe quem é executivo ou estudante, jovem ou adulto, chefe ou empregado, a não ser que a pessoa informe.

Essas duas últimas características motivam a construção de um novo universo simbólico que permite a substituição de pistas não-verbais por convenções criadas e legitimadas nos grupos. (PRIMO,1997,p.8)


Referência:

PRIMO, Alex Fernando Teixeira. A emergência das comunidades virtuais. In: Intercom 1997 - XX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 1997, Santos. Anais… Santos, 1997. Disponível em: <http://www.pesquisando.atraves-da.net/comunidades_virtuais.pdf>.

Sobre as comunidades virtuais segundo COSTA,R.

“Desde seu início, elas sempre foram criticadas pela ausência de contato físico entre seus participantes. O que raramente se perguntou foi sobre o próprio conceito de comunidade em jogo. Cobrar das comunidades virtuais aquilo que se entendia romanticamente por “comunidade”, tal como Baumann (2003) o faz, seria simplesmente se impedir de ver o que vem acontecendo nos movimentos coletivos de nossa época. Como afirma Pierre Lévy (2002), as comunidades virtuais são uma nova forma de se fazer sociedade. Essa nova forma é rizomática, transitória, desprendida de tempo e espaço, baseada muito mais na cooperação e trocas objetivas do que na permanência de laços. E isso tudo só foi possível com o apoio das novas tecnologias de comunicação.” (COSTA,2005,p.246)


Referência:

COSTA, R. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.17, p.235-48, mar/ago 2005.


REDES SOCIAIS. Disponível em: http://miriamtorres.blog.terra.com.br/tag/redes-sociais-o-que-e/ Acesso em 28 Nov. 2010.

Construindo a teia

Formar redes através do contato social sempre foi uma atividade bem cotidiana do ser humano. A cada ação nos conectamos, interagimos e até modificamos a vida das pessoas. A Internet ampliou essas ações de forma extremamente significativa, daí a existência de tantas redes sociais virtuais, cada uma delas com grande quantidade de usuários.



Figura 1: Metáfora da conexão humana as tantas redes sociais existentes atualmente.

Segundo o site Administradores (2010), as redes sociais são atualmente sem sombra de dúvidas o maior instrumento de troca de informações existente no mundo, sua velocidade e sua praticidade possibilitam a interação instantânea entre usuários do mundo todo.  Essas redes virtuais assemelham-se em algumas características com as redes sociais não virtuais a começar pela base do conceito de “rede social” que é “conjunto de relações e intercâmbios entre indivíduos, grupos ou organizações que partilham interesses, que funcionam na sua maioria através de plataformas da internet”. (DICIONÁRIO PRIBERAM, 2010) Além disso, as redes em geral agrupam pessoas que tem interesses em comum – as comunidades virtuais - nas quais através dos comentários dos participantes pode-se produzir conhecimento, daí sua maior importância. Participantes de comunidades podem agir conforme profissionais da informação selecionando e produzindo conhecimentos e tudo isso por meio da Internet que é o canal atual que mais inclui informações diárias.

Também a troca entre profissionais da informação se vê facilitada pela diversidade de redes e comunidades facilmente acessíveis hoje em dia, visto que a troca de informações e rapidez no acesso a elas se tornou muito mais presente. Comunicar experiências profissionais e incrementar serviços nas unidades de informação baseados nas vivências de outras unidades e interagir com outros cientistas ficou muito mais fácil. Não é mais preciso fazer distantes visitas técnicas para aproximar-se de novos conhecimentos: tudo está ao alcance das mãos e sendo repassado entre milhares de pessoas que se comunicam com outras que falam com outras que conversam com outras e assim por diante.



Referências:

REDE. Disponível em: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=rede Acesso em: 28 Nov. 2010.


______________. Disponível em: http://pplware.sapo.pt/informacao/estudo-quem-utiliza-as-redes-sociais/  Acesso em: 28 Nov. 2010.




A quem você está conectado?




FlashForward conta a história de um misterioso incidente que provoca um desmaio de dois minutos e dezassete segundos a toda a Humanidade. Durante esse lapso temporal todos têm visões estranhas sobre o futuro.

Baseada no “best-seller” de ficção científica do autor Robert J. Sawyer. 
Produção executiva: Bannon Braga e David S. Goyer.


Referências:

DADOS FLASHFORWARD. Disponível em: http://www.naruto-pt.com/T%C3%B3pico-S%C3%A9rie-Flashforward Acesso em 28 Nov. 2010.

FLASHFORWARD. Disponível em: http://tvseriesfinale.com/tv-show/flashforward-demonstrations-15967/ Acesso em 28 Nov. 2010.

19 de nov. de 2010

Descobrindo os Museus Virtuais

Amei a abertura do Museu Virtual do Iraque que já chama atenção pela música constante e pelo modo como o espectador é conduzido para dentro do museu. Depois que entrei numa das galerias virtuais parecia realmente que eu estava dentro dela, independente de qualquer distância. Esta é a ideia, segundo Oliveira apud Malraux(2007),  em que a virtualidade das peças do museu  possibilita ao turista, ao estudante e ao curioso conhecerem o museu à distância, sem ter que visitarem o museu real.

Adorei ver cada pedacinho do objeto exposto, observar as peças pareceu mais como estar dentro de um filme em que parecemos participantes além de observadores. Daí, é criado o fator máximo, segundo a minha opinião, de interação entre os museus/objetos e os usuários que conseguem se transportar para a realidade do museu sem sair da frente da tela do computador e mais, são incitados a sair do meio virtual para vislumbrar o meio ”real”. Acredito que esse tipo de museu não é de maneira nenhuma acomodador, mas sim estimulante. E por isso, não consigo ver desvantagens nele - esse tipo de versão do museu atrai as pessoas, pois existe entre nós a grande necessidade de sentir o objeto com todos os sentidos e não somente com a visão – ampliando a acepção do objeto de uma forma que somente o olhar não possibilita. Conforme Oliveira apud Lemos, a imediação do observador com o objeto virtual:


“[...]É criada através de uma ação global com múltiplos agentes, iniciada pelo usuário através deuma “manipulação direta” (“direct manipulation”) da informação [...] que pode ser definida em três critérios: uma representação contínua do objeto de interesse; ações físicas por intermédio de botões, e não por sintaxes complexas: e o impacto imediato na manipulação de “objetos-ícones” virtuais. Esses “objetos-ícones” são considerados virtuais, no sentido em que eles simulam objetos reais e se comportam como tais.”(Lemos, 1997, p.150)


O único lamento no caso do Museu Virtual do Iraque e, talvez, um lamento generalizado, foi não ter tradução nem em espanhol o que me deixou “boiando” na parte histórica teórica.  

Referências:

MUSEU VIRTUAL DO IRAQUE. Disponível em: http://www.virtualmuseumiraq.cnr.it/homeENG.htm . Acesso 19 Nov. 2010.

OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. In.: Comunicação e Sociedade. Vol. 12, 2007, p. 147-161. Documento em formato PDF.

14 de nov. de 2010

Bom e velho P&B X Adaptação visual


Cor, cor, cor, atenção, atenção, informação, informação, velocidade, pressa, informações na hora, agora, rápido, compre, ganhe, assine, imperativos e nada mais.

A primeira impressão que tive ao abrir uma das páginas dos jornais online é que a informação praticamente pula pra cima do leitor. Necessita ser vista, usada, repassada. Isso inicialmente me desconfortou, prefiro a informação pela qual se busca e não a qual implora para ser vista. Mas isto, também é uma questão de costume.

A quantidade de propagandas chamativas é grande, todas muito coloridas, algumas se movimentam, outras aparecem “do nada”. A maioria das propagandas chama mais a atenção do que as notícias.  ZH, Correio Braziliense e Uai tem menus multicoloridos dos dois lados o que me causa certa confusão. Folha e Estadão chamam mais a atenção pelas propagandas próximas ao menu do que por ele mesmo e Jornal do Brasil e O Globo tem os melhores menus, mas este último com muita informação no meio.

Tudo é “clicável” e uma página te remete a outra que te remete a outra que te remete a outra... Nesse tipo de jornal tudo é muito. Poluição visual atualizada minuto a minuto. A quantidade de arquivos é grande e isso é ponto positivo.

Espaço multimídia, várias seções especiais, as quais num jornal impresso teriam que vir num caderno aparte. Os jornais falam das notícias da cidade onde são publicados, tem páginas no twitter, blogs de colunistas e usuários, sites de colunistas, alguns jornais pertencem a provedores.Mas, a principio tenho vontade de sair dali e encontrar com o bom e velho  P&B.

Este tipo de jornal me parece que procura interagir de todas as maneiras com o leitor. Existe interação por vídeo, por causa do acesso rápido, pela existência de todo tipo de conteúdo arquivado ou não, pelas páginas que te levam a outros diversos e infinitos conteúdos, acessos múltiplos  e diferentes, facilidade no uso, disponibilidade total a qualquer hora do dia, atualização frequente, enfim.

Para um serviço de referência de uma unidade informacional essa interação e a atualidade são ótimos,  os jornais e seus conteúdos podem ser acessados pelos computadores disponíveis nas bibliotecas, colocados em listas de sites interessantes ou em páginas de abertura. Os profissionais podem inteirar-se das informações mais importantes da região ou país e passa-las de forma criativa para os usuários.

Catei uma reportagem no jornal O Globo que fala sobre  a destruição da terra dos índios xavantes, no Mato Grosso, por causa da contaminação da cadeia produtiva da carne e da soja no país. Notícia a qual não me chamaria a atenção se não fosse apresentada assim: com um vídeo rápido e musicado, alguns textos curtos e fotos. 

Link de acesso para a reportagem:  http://oglobo.globo.com/economia/carnesuja/

Referência:

O GLOBO. Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/carnesuja/ Acesso em: 14 Nov. 2010.

8 de nov. de 2010

Facilidades dos jornais digitais


As facilidades no uso de jornais digitais são os mesmo motivos pelos quais o profissional da informação se vê auxiliado por eles: porque são rápidos, versáteis, dinâmicos, interativos, seguros e contém o mesmo grau de informação dos impressos.

Imagem retirada do site do jornal eletrônico El Clarín na qual constam todas as principais notícias da data de hoje na Argentina.

Os cientistas da informação podem ter acesso não só as informações de questões que os rodeiam e mesmo de seu país como também do mundo através dos jornais digitais com apenas alguns cliques. Esse tipo de informação que chega tão rápida e é facilmente assimilada é fácil de ser propagada, serve para a maioria dos usuários.

Nesta notícia:
Está escrito quem foi Massera, o que fez durante a ditadura e como foi para o hospital. Um vida sintetizada por palavras de longo alcance e fácil acesso. Não há meios melhores de propagar e acessar informações mundiais já selecionadas e de fontes seguras. Esta é a melhor fonte para o profissional que precisa estar munido para saber de tudo diariamente.


Referências:
EL CLARÍN. Disponível em: http://www.clarin.com/ . Acesso: 08 Nov. 2010.