17 de set. de 2010

A imagem: do desenho como fixador de ideias ao cinema como dinamizador dos pensamentos

    O homem sentia o mundo com o corpo, utiliza-se dos sentidos para captar as informações naturais que o rodeavam. Com a existência da fala, começou a comunicar oralmente aquilo que outrora mantinha para si. Captando tantos estímulos do mundo e compartilhando-os com outros homens, já não tinha mais espaço no corpo para guardar os pensamentos, para conservar alguns teria que eliminar permanentemente outros, portanto teve a grande necessidade de registrar as memórias mais antigas para que novas pudessem surgir.
    A primeira forma de registro foi o desenho (gujo exemplo pode ser a imagem ao lado), com o desenho tempo e espaço, semelhanças e diferenças (ANDRADE, ano?) entre as observações e comunicações puderam ser fixadas. Segundo Andrade (ano?) no desenho, podia se conservar o que era fundamental para lembrar em algo que já conhecíamos. Sua autonomia se dava pela impossibilidade da fala oferecer, simultaneamente, tantas informações. Com o surgimento da escrita e sua prática cada vez mais constante, as imagens apareceram frequentemente nos livros. Porém, ao longo da história sempre houve uma série de preconceitos que levavam a crença de que tudo que não fosse oralmente transmitido, não teria grande valor e nem repercutiria na história.
A revalorização da imagem, do desenho como forma de expressão e/ou complementação de outras informações ocorreu quando, na revolução da escrita, Gutemberg facilitou a reprodutibilidade de textos em formato de papel, ampliando também a reprodução de imagens que sempre andaram lado a lado com a escrita. O homem, além de sentir, comunicar e registrar já podia difundir aquilo que pensava. Com a imprensa, a imagem em maior destaque tornou-se a fotografia, cuja história inicia com Niépce e Daguerre tentando obter a primeira fotografia com durabilidade de longo prazo e não termina em grandes fotógrafos como Cartier-Bresson (autor da famosa imagem ao lado) e James Nachtwey. “A posição da câmara, a composição do plano, o uso simbólico do foco e da luz.... deram à foto uma nova dimensão que será, pouco mais tarde, incorporada ao cinema.”(ANDRADE, ano?, p.4)
O cinema proporcionou um uso muito mais dinâmico à imagem, visto que mesmo fixando-a a uma suporte ela não precisava ficar estática  contemplando realmente o momento em que ela se formava. O homem já podia ver a si mesmo realizando suas criações.
CONTINUA...

Referências:
ANDRADE, Arnon Alberto Mascarenhas de. Fragmentação e integração dos meios. Disponível em: http://www.educ.ufrn.br/combase/dearnon.htm   Acesso 14 Set 2010.
HAUENSTEIN, Deisi; FAZETTO, Denise. Monografias, Dissertaçãoes e Teses.Porto Alegre: Nova Prova, 2008.

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