Amei a abertura do Museu Virtual do Iraque que já chama atenção pela música constante e pelo modo como o espectador é conduzido para dentro do museu. Depois que entrei numa das galerias virtuais parecia realmente que eu estava dentro dela, independente de qualquer distância. Esta é a ideia, segundo Oliveira apud Malraux(2007), em que a virtualidade das peças do museu possibilita ao turista, ao estudante e ao curioso conhecerem o museu à distância, sem ter que visitarem o museu real.
Adorei ver cada pedacinho do objeto exposto, observar as peças pareceu mais como estar dentro de um filme em que parecemos participantes além de observadores. Daí, é criado o fator máximo, segundo a minha opinião, de interação entre os museus/objetos e os usuários que conseguem se transportar para a realidade do museu sem sair da frente da tela do computador e mais, são incitados a sair do meio virtual para vislumbrar o meio ”real”. Acredito que esse tipo de museu não é de maneira nenhuma acomodador, mas sim estimulante. E por isso, não consigo ver desvantagens nele - esse tipo de versão do museu atrai as pessoas, pois existe entre nós a grande necessidade de sentir o objeto com todos os sentidos e não somente com a visão – ampliando a acepção do objeto de uma forma que somente o olhar não possibilita. Conforme Oliveira apud Lemos, a imediação do observador com o objeto virtual:
“[...]É criada através de uma ação global com múltiplos agentes, iniciada pelo usuário através deuma “manipulação direta” (“direct manipulation”) da informação [...] que pode ser definida em três critérios: uma representação contínua do objeto de interesse; ações físicas por intermédio de botões, e não por sintaxes complexas: e o impacto imediato na manipulação de “objetos-ícones” virtuais. Esses “objetos-ícones” são considerados virtuais, no sentido em que eles simulam objetos reais e se comportam como tais.”(Lemos, 1997, p.150)
O único lamento no caso do Museu Virtual do Iraque e, talvez, um lamento generalizado, foi não ter tradução nem em espanhol o que me deixou “boiando” na parte histórica teórica.
Referências:
MUSEU VIRTUAL DO IRAQUE. Disponível em: http://www.virtualmuseumiraq.cnr.it/homeENG.htm . Acesso 19 Nov. 2010.
OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. In.: Comunicação e Sociedade. Vol. 12, 2007, p. 147-161. Documento em formato PDF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário